Gente, acabei de chegar da viagem ao Norte Argentino, Bolívia e Peru. Ainda desfazendo a mochila, matando a saudade da família, e com aquela sensação já referida numa postagem da Fan Page do Fora da Casinha: ” Por que tenho a sensação que depois de algumas viagens, dependendo das vivências, o corpo vem primeiro? Depois, aos poucos, é que a alma vai chegando… Portanto, não seria errado dizer que estou aqui, mas também um pouco lá e há um tantinho no meio do caminho. Leva um certo tempo juntar tudo…” Regina Volpato
Mas com muita disposição para relatar, compartilhar todas as experiências vividas. Afinal, foram 18 dias de estrada…
Essa foi a trip “mais aberta” que eu já fiz. Aberta no sentido de não me impor um roteiro tão fechado, tão engessado, permitindo-me realizar alterações ao sabor dos acontecimentos. É claro que existia um roteiro “de fundo”, que me norteou. Havia cidades, lugares que gostaria de conhecer ao longo do caminho, e foi importante fazer um “rascunho” da viagem.
Tanto que, pela primeira vez, saí de casa sem ter comprado a passagem de volta, pois não tinha certeza de que ponto, de que cidade eu voltaria e nem quando. Esta decisão, ao mesmo tempo que me causou medo, por me fazer sentir tão “solta”, foi libertador também. E me senti cheia de mim, poderosa!
Antes de sair de casa, revisando a mochila cargueira, retirei algumas peças de roupa, que achei que não usaria. Acabou que no decorrer da viagem constatei que mesmo com essa peneirada final, eu levei muita bagagem. Uma botina pesada, inicialmente pareceu dispensável. Peças de roupa que pouco usei, seriam totalmente dispensáveis. Um livro que não li nem uma página, e que pesaram na mochila durante as caminhadas. Lições para uma próxima viagem…
Inicialmente eu cumpri o roteiro descrito na Aba https://foradacasinhaja.wordpress.com/planejando-a-proxima/ Mas depois, como será constatado no decorrer do meu relato, as coisas mudaram, e a viagem tomou outros rumos. Nada como estar com o espírito livre e flexível…
Saí de casa no final da tarde do dia 25/05, e graças à carona de um gentil colega de trabalho, que me levou até a cidade de São Borja (cerca de 3 hs de Ijuí, por estrada asfaltada, em razoáveis condições), encontrei o taxista Magri. Já havia utilizado os serviços de Magri em outras oportunidades, quando me desloquei de buzão até Buenos Aires, saindo de Santo Tomé. Magri me aguardava num posto de gasolina, no acesso à São Borja. Rapidamente transferi minha mochila para o táxi de Magri e agradeci a carona do gente boa Renato. Ele teria mais 3 hs de estrada para retornar até Ijuí. Foi especialmente me levar de carro até São Borja. Valeu!
Eu já havia encomendado a Magri alguns pesos argentinos para “cambiar” com meus reais, e no carro, durante o deslocamento, acertamos o câmbio. Rápida aduana Brasil/Argentina na Ponte Internacional e depois de mais alguns minutos, eu já estava no terminal rodoviário de Santo Tomé. Aguardei o horário da saída do ônibus da empresa Rio Uruguay na “oficina” da empresa, conversando com a querida Célia, com quem eu tinha mantido contatos via whatsapp e reservado as passagens.
Por volta das 21h30min uma van da empresa me levou até o ponto de encontro com o ônibus, num posto de gasolina às margens da estrada. O ônibus vinha de outras cidades, recolhendo passageiros, e aquela seria a última parada. Depois, só em Buenos Aires.
Ônibus cama, super confortável, com direito a travesseiro, cobertor, jantar, café da manhã, vinho e cerveja. Para comemorar o início da viagem “me atirei” num vinhote argentino. Também para garantir o sono da noite. Mesmo assim, a ansiedade pelo início da trip, pensamentos à milhão, me fizeram chegar na capital argentina “baleada”.
Como as memórias estão muito frescas, muito latentes, sei que vou escrever bastante sobre essa trip. Então decidi subdividir a narrativa em vários posts, dedicados a cidades ou regiões que visitei. Acho que assim os posts não ficam tão longos e talvez cansativos para o leitor. Se quiser ir direto para o texto sobre alguma trecho específico da viagem, clique no link abaixo:
Salta e Norte Argentino:
https://wordpress.com/post/foradacasinhaja.wordpress.com/1043
Bolívia: De Villazón à Sucre:
https://wordpress.com/post/foradacasinhaja.wordpress.com/1089
La Paz e Lima, no Peru:
https://foradacasinhaja.wordpress.com/2016/06/29/la-paz-e-lima/
Créditos para a edição das fotografias deste post: Elisa Mendes Fotografias
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4 comentários em “Mochilão Sul-Americano 2016”